Essa pergunta te deu uma sensação de arrogância? Mal-estar?

Pois é, no Brasil muitas vezes ainda se escuta esse tipo de frase (talvez até nós mesmos já falamos assim algum dia) e que é uma frase quase prima da frase: Com quem você pensa que está falando?

Mas se pensarmos bem, tirando o lado pejorativo do significado dessa pergunta na cultura brasileira, e esquecendo a parte que soa desconfortável, na verdade essa frase é bem profunda ... o quão profundo é dizer a alguém, a si próprio e ao mundo o que nós somos de verdade?

"Quem você pensa que é?" Essa é uma das perguntas mais difíceis e ao mesmo tempo libertadora que podemos nos fazer pois isso é o ponto de partida para nos acharmos ... e driblarmos a fantasia do dia a dia que busca nos fazer esquecer de nós mesmos e muitas vezes até nos faz viver uma outra identidade, longe do nosso propósito e essência.

E para isso, precisa-se de vontade e coragem pra buscar entender quem somos realmente ... coragem porque muitas vezes temos de encontrar dentro de si, o que temos de bonito, de imaturo, de 'sombra', de inesperado e que muitas vezes não 'encaixam' com o que achamos que deveríamos ser ou que os outros (e a cultura) gostariam que fôssemos ...

Porém somos muito mais do que os rótulos, as expectativas, e os medos … e ao nos conhecermos de verdade, a vida vai mudando porque as escolhas começam as ser muito mais autênticas. E certamente não podemos ser felizes vivendo o que não somos ou em função de uma imagem criada baseada no que pensamos que somos.

E uma hora essa 'fatura' da vida nos é cobrada em forma de doença (até depressão clínica`as vezes), infelicidade, insatisfação, perdas. Entende?

Quem somos nós? E quem é você?

Um bom começo, é observar suas reações ao cotidiano, e buscar entender quando situações servem de 'gatilho' pra lhe tirar do sério, ou deprimir ou por nenhuma razão aparente simplesmente aguçam sua curiosidade e motivação ...

E então se questione, se realmente gosta dessa coisa ou dessa situação ou dessa relação em particular, se realmente concorda com tal e tal conceito ou se está concordando (e vivenciando isso) só porque faz parte do pensamento da família ou da opinião da igreja ou do candidato político que votou nas eleições? 

Busque trocar ideias, ler fontes que lhe ampliem as referências do que seria uma vida bem vivida, vá atrás de mentores e de fazer perguntas com pessoas que você admira, de preferência fora do seu círculo de família e amizades, para lhe dar oportunidade de expandir seus horizontes e aprender a considerar outros ângulos na vida que podem ser pequenas dicas na direção de quem você realmente é ...

... e do que pode se tornar, se tiver um pouquinho de coragem, humildade e persistência pra libertar aquele 'eu' que está doidinho pra ser descoberto. 

E isso é especialmente libertador pra mulheres. Pois tradicionalmente, a mulher tende a ser mais influenciada pela cultura e pelas expectativas desde em relação a  padrões femininos de beleza, comportamento, até o que se espera dela como mãe (ou não ser mãe), esposa, sua identidade sexual,  carreira e tantas outras escolhas.

Enfim, essa busca por si próprio requer paciência, amadurecimento, conhecimento emocional, mental.

Importante assumir uma postura em ser bem precisa e clara em relação `a suas angústias, questionamentos e necessidades. Porque refletir querendo saber de verdade quem realmente somos é uma jornada bem pessoal.

Veja o que funciona pra você: Desde meditação, retiros, coaching, mentores, reflexões até explorar novas direções e acessar as suas razões na vida pra então entender o seu propósito (assunto sobre o qual já falei nesse vídeo inclusive)

Enfim, escolha recursos e ferramentas que podem lhe ajudar nesse ponto crucial entre saber a diferença entre quem você é, o que você acha que é e o que definitivamente você não é. 

E então, heyy você, quem pensa quem é depois de ler esse artigo?

Comenta abaixo :)

Um abraço,

Siglia.